Por vezes invejo os loucos. Estou portanto na cidade ideal uma vez que Faro tem a sua quota-parte deles (não tão grande como Lisboa claro). Neles as portas da percepção estão definitivamente abertas.
Figuras míticas como “O Urra” (Elias de seu nome), ilustre morador da Estrada de São Luís, a “Smarties” que se fritou com os ácidos nos 70as, uma gorda de quem não sei o nome mas que fala sozinha em falsete pelas ruas, o saudoso “Julinho” (O Marreco) que foi o terror da minha infância e que atirava pedras a tudo que mexia; todos eles têm somente como seus confidentes os animais que adoptam ou as pedras da calçada.
Há algo de castrador em ser supostamente “normal”. A ideia de que não absorvemos a realidade como um todo, que somente parte dela nos está reservada através de um elaborado filtro social. Os loucos abdicaram desse filtro e é isso que os torna especiais.
P.M.
(Post Mortem)
Figuras míticas como “O Urra” (Elias de seu nome), ilustre morador da Estrada de São Luís, a “Smarties” que se fritou com os ácidos nos 70as, uma gorda de quem não sei o nome mas que fala sozinha em falsete pelas ruas, o saudoso “Julinho” (O Marreco) que foi o terror da minha infância e que atirava pedras a tudo que mexia; todos eles têm somente como seus confidentes os animais que adoptam ou as pedras da calçada.
Há algo de castrador em ser supostamente “normal”. A ideia de que não absorvemos a realidade como um todo, que somente parte dela nos está reservada através de um elaborado filtro social. Os loucos abdicaram desse filtro e é isso que os torna especiais.
P.M.
(Post Mortem)
2 comentários:
sem dúvida irmão, sem dúvida!
A gorda com voz de falsete? Ás vezes voz de homem, outras de mulher e outras de coisa nenhuma? Era a Maria das Bananas, moss...
Isso é que eram tempos! Andanvam os loucos à solta na maior das alegrias!!!
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