sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Stop-motion"

Ás vezes o tempo parece que pára e prende-nos numa espiral de pensamentos que julgávamos esquecidos ou até mesmo "enterrados", um simples e pontual acontecimento determina toda uma série de efeitos-dominó construídos de forma precária e arcaica na nossa mente e ficamos (como normalmente se designa) "a patinar na mayonnaise".

O cérebro arranja forma de combater este "replay" aborrecido que leva a um circulo vicioso e repetitivo até que nos recordamos da razão porque decidimos "exilar" para o gulag este tipo de pensamentos (geralmente há uma razão) e impede-nos de cometer o mesmo erro vezes sem conta (ou não) de qualquer forma se o cérebro não tratar do assunto o senso-comum acaba por prevalecer e evitar a reprodução de acontecimentos lamentáveis e dignos de ser esquecidos.

O problema é o "loop" que fica... mas mesmo esse "loop" vai perdendo força e as réplicas vão-se esbatendo até se tornarem ecos surdos condicionados por um débil sentido de auto-protecção.

É o preço a pagar por estar vivo. Vá de empurrar a bolinha para cima do monte outra vez...




Sissi Fu

quarta-feira, 23 de março de 2011

Deus e a Ameba

Numa imposição geral, numa rigidez atónita, se destacam o trajecto colectivo como uma singularidade apráxica.Génio uno e desmaiado nesta síncope da realidade.Criamos o inimigo a partir do Eu, para o Eu...
uma náusea de introjecção...
Patinamos numa superfície de acre...
Sem termo para abraçar o vasto imponente ou dialogar com sentiência,por equivoco, simplesmente mascaramos o motivo e a fonte.
Respiro do meu reflexo a emanação circunscrita numa orbe, sendo a orbe em si ou o seu teor ornamental.
Revelação de consumo alienado...
Um contracto intuitivo e apartado que me promove cega para os moribundos...
À semelhança do outro ainda não revelado, desenvolvo porém, um investimento no objecto e uma retracção para o Eu, como o corpo de uma ameba que estende e retrai seus pseudópodos.
Somos deste modo peregrinos na nossa elevação e agnosia da mesma.
Habitamos o mestre em nós, porém solicitamos a mestria por vias persecutórias...
Residimos a arte, instituindo porém a obra e a espada para a aniquilar...
Possuímos a espada e perecemos na mesma por nos pensarmos como ceifeiros da praxis.
Possuímos a espada e elevamos o athame para nos aniquilarmos enganadamente com ordem, obediência e progresso...
Mas antes, aniquilamos colectivamente uns demais, só para arrebitar caminho...





Barbie Túrica

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Indelével

A nossa historia chegou ao fim
Agora só tenho de apaga-la da minha mente
Pena é que foi escrita a tinta permanente.



William Costa

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cheio de tiroteios espectaculares e personagens com muito mau fundo

Paralelismos do tempo, circunstância obtusa, classificações espelhadas nos olhares alheios...o surgir de uma raiz "costumizada" de preciosidades e felizes alentos..um suspirar mútuo de químicas brilhantes...uma explosão que palpita ao sabor de uma aproximação linear.
Eclode o debate de esferas numa dança pleumática entre corpos, flamejando se propagam na perenidade do Eu.
Ambas as existências sorriem de braços abertos ao ecoar desta passagem.Na mesma se filtram, na mesma desvanecem. Disseras outrora saber altruir um ímpeto de cor, que a hemodiálise do pensamento era o teu novo desejado ser...cruzas os passos da memória no ditame da nova escolha.
Tu que te sabes inquieto de emoção és dono de um novo querer...Ainda assim, perpetuando a intenção, salto profundo num oceano de pedra....tu, flutuas na ideia de possuíres a minha sombra
Pintas de cores e inéditos detalhes um ter que o tempo levou...cego-me na fuga e na limitação...
Encolhe os ombros com um sorriso e vai...Eu fiquei lendas atrás...sou de mármore e cera, anima percorre-me pelas veias, tu olhas-me pelo espelho...
Na miragem da tua ilusão, mata-me de novo, que eu, já parti há uns bons ventos atrás...



Barbie Túrica