segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A trovoada, a chuva e os relâmpagos
domingo, 28 de setembro de 2008
The Special One
Não é em vão que assistimos cada vez mais a filmes de super-herois e projectamos neles todas as nossas capacidades potenciais. Alimentamos o sonho de que algumas dessas capacidades adormecidas sejam por fim reveladas e que deixemos finalmente a nossa marca neste mundo.
O Batman, por exemplo, não dispõe de poderes especiais para alem da tecnologia que usa, pelo que nos sentimos solidários com a sua fragilidade. O facto de este ser corajoso apesar de ser apenas humano, faz com que sintamos por ele uma certa empatia.
O Super-homem no entanto já não tem nada de humano. Para alem da sua invulnerabilidade evidente, foi claramente inspirado no Übermensch (Super Homem) do tio Nitos, sendo erradamente conotado com a causa Nazi e o ideal da raça Ariana.
O Homem Aranha é para mim o mais humano dos superherois. Tem de lavar o fato na máquina e remendá-lo à mão. É atormentado pelos problemas do homem comum e não tem muito jeito para relações amorosas.
Em síntese, vivemos o sentimento de que existe um Messias adormecido dentro de nós (certamente restos da nossa educação judaico-cristã) e esperamos que uma voz interior desperte e diga:
“The sleeper must awaken”
(Post Mortem)
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
O estranho mundo de Joaquina
É recorrente: Sempre que mando umas linhas de nazca sinto-me o filho das estrelas e começo a divagar sobre Mulheres: Uma coisa que sempre me interrogou sobre esta espécie tão bela quanto misteriosa foi o facto de tal como Jesus falava por parábolas as Mulheres falarem por enigmas
Passo a exemplificar:
(o que elas dizem)
Queres ir beber um café a seguir ao trabalho?
(o que elas querem dizer)
Vamos foder?
(o que elas dizem)
Gosto do teu sentido de humor.
(o que elas querem dizer)
Saltava te em cima que nem uma leoa!
(o que elas dizem)
Gosto dos teus óculos escuros!
(o que elas querem dizer)
Arrancava-te as cuecas á dentada!
(o que elas dizem)
Gosto de ti mas só como amigo
(o que elas querem dizer)
Não te fodo agora mas vou te manter por perto
(o que elas dizem)
Devíamos combinar aí uma saída, do tipo: Jantar, ir ao cinema e depois ir ao bairro
beber uns copos!
(o que elas querem dizer)
Queres ser meu namorado?
e podia continuar aqui a divagar durante páginas e páginas com exemplos mas...Não vou por aí.
As mulheres são complicadas, é um facto, elas próprias o reconhecem, eu (e acho que a maior parte dos homens) gosto de simplificar procedimentos, gosto, quero. Claro.
Para aceder ao complexo interface de um cérebro feminino gastaria a minha vida para ficar apenas ás portas por isso já desisti ha muito de tentar compreender, não é isso que me interessa, tornei me uma pessoa pragmática: Toda a gente gosta de foder, é capaz de ser a única coisa verdadeiramente transversal na espécie humana, partindo deste principio básico e aliando o pragmatismo á simplificação de procedimentos temos algo parecido com: Gosto, quero foder. Claro.
Parece-me um bom ponto de partida.
Hugo Norreias
A intervenção subtil
Venho-vos falar do legado subversivo deixado por esse grande senhor que é Manuel Subtil, o primeiro e único terrorista Português.
Sendo Português atacou logo onde mais doía: Na casa de banho, neste caso da RTP mas a instituição não é o mais importante aqui, nem mesmo o motivo ( o Carlos Cruz devia-lhe dinheiro) mas o alvo: A casa de banho. Quase que o consigo ouvir: “ou esse pedófilo do caralho me paga o que deve OU EU REBENTO ESTA MERDA TODA!!!!!!”. Terrorismo Português puro e duro.
Inspirados por esta personagem mítica e o seu grandioso feito as “Brigadas Populares Manuel Subtil” uma célula terrorista Portuguesa recém criada está em fase de preparação de um ataque terrorista ás outras 2 estações de televisão Portuguesas: SIC e TVI.
O ataque será em tudo semelhante ao original perpetrado por Manuel Subtil: Vão se fechar nas casas de banho das estações de televisão mas é no desfecho que as coisas mudam de figura, esta célula terrorista conta com activistas ultra radicais suicidas e fanáticos que vão mesmo rebentar com as casas de banho e encher (mais ainda) os estúdios da SIC e da TVI de MERDA.
Citando António Ténue: (Relações Publicas das Brigadas Populares Manuel Subtil)
“Trata-se de demolir a retrete artística e cultural do nosso país de forma a que a merda e as moscas fiquem á vista de todos, e o cheiro que emanará de tal latrina será tão insuportável que nem com Channel nº5 conseguirá ser disfarçado”
Como eu costumo dizer: Não importa o que fazes desde que o justifiques bem.
Henrique Cimento
Notícias muito importantes
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Encontro bio-plasmático
Maria Prânica: É com alguma preocupação que noto algumas imperfeições na tua Aura.
Joana OM: Pois é, preciso de um Kame Hame espiritual para reparar alguns dos meus Chacras. Que chatice… Mas a tua também está com uma coloração estranha.
Maria Prânica: Sim, o Doutor Kirlian já me havia falado nisso. Acho que tem a ver com a alimentação. Eu tenho sempre o Castrol elevado.
Joana OM: Pois, a minha tem estas oscilações devido à minha doença. Sabes que eu sou Binomial, não é… Os Binomiais andam sempre nos extremos e isso não é bom para o equilíbrio do Chi.
Maria Prânica: Pois, olha, gostei de te ver. O que é preciso é saúde…
Joana OM: Pois é, saudinha da boa…
As duas amigas haviam sintetizado filosofias orientais milenares numa uma premissa tipicamente portuguesa que representa o equilíbrio espiritual:
“ O que é preciso é ter saúde… Saudinha da boa”
P.M.
(Post Mortem)
domingo, 21 de setembro de 2008
Programa Circular
#undef A ambição desmesurada está a destruir a minha sanidade. Sinto que estou a um passo de conhecer o tecido essencial que move todo o pensamento mas algo me parece escapar. #undef
#pragma Uma variável fundamental permanece imperscrutável, atormentando-me em sonhos como uma espécie de matéria negra da programação, inacessível ao comum mortal. #pragma
#return Se ao menos Nietzsche aqui estivesse... Finalmente atingi a plenitude do eterno retorno... Todas as linhas de programação remetem para as linhas iniciais formando um dilema circular indecifrável. #return
Obs2. Qualquer semelhança com o filme Matrix é mera coincidência
P.M.
(Post Mortem)
A tropa faz de ti um homem
Após 2 dias de extenuante inspecção,de espantoso rigor selectivo,de testes fisicos, psicológicos e escritos, efectuados á minha pessoa , deparei-me com a pergunta chave, que iria ser determinante para a minha colocação e ingresso, num desses quarteis espalhados por ai fora do nosso lindo Portugal, a qual,entre muitas, foi determinante: Sabe andar a cavalo? Pergunta que á qual prontamente respondi que sim,resultado,destacamento para o regimento de cavalaria, (muito bem pensei…)
Ao chegar ao quartel deparei-me logo com o lindo cenário, um camarada tropa de igual estatuto ao meu (recruta) a desempenhar a gloriosa função de limpar bosta de cavalo… Pensei então na pergunta pertinente, sabe andar a cavalo? Sei, então logo vais apanhar merda o tempo todo que aqui estás. Além de nos colocarem a dormir numas camaratas espectaculares,aposentos modificados de acordo com as nossas necessidades outrora conhecidas como cavalariças, no entanto só tenho de agradecer a tal regime, pois foi sem duvida o modo de me prepararem para para a inserção na minha vida activa social laboral.
No meio de tal regime militar e apesar de passar por constantes abusos tanto fisicos
- “NÃO TREME NEM QUE PASSE UM CARALHO PELA BOCA”… Ou saltitando(por obrigação) berrando e quase vomitando os pulmões: “SOU BOSTA COMO Ó CARALHO” ou mesmo a mais divulgada “RI-ME FODI-ME”…
Eis alguns exemplos onde tais frases podem ser aplicadas no nosso agreste quotidiano.
A gasolina está cara, a inflação dispara,os ordenados mantêm-se,aumenta a criminalidade o governo só faz merda mas no entanto temos de nos aguentar dai: NÃO TREME NEM QUE PASSE UM CARALHO PELA BOCA.
Altera-se o nosso estatuto social passamos da classe média para a baixa, temos na nossa vida altos e baixos mas logo saltitando brandamos: SOU BOSTA COMO Ó CARALHO e se apesar de tudo ainda perdermos o emprego se não houver dinheiro para comida, roupa, gasolina e houver a necessidade de ter de ir roubar,ser apanhado e ser posto na prisão (que lá ao menos ainda te alimentam) com um encolher de ombros ainda te RIS pensas de imediato ao menos haja saúde logo replicas: RI-ME …FODI-ME.
Só tenho de dizer “obrigada” tropa. Prepararam-me bem para aguentar com esta merda toda, apesar dos inumeros abusos fisicos, psicológicos do constante rastejar na merda prepararam-me bem pois sai de lá firme e hirto que nem uma barra de ferro pois afinal …FIZ-ME UM HOMEM.
Carlos Seixas
O arrepio do mijo
Corre por aí que é algo que as mulheres não sentem. O facto é que, não sendo mulher, acabo por não ter a certeza se sentem ou não. Já perguntei a algumas se alguma vez o sentiram. Umas dizem que sim, outras que não. No entanto, e para tirar as dúvidas, passo a descrevê-lo na óptica do utilizador:
O ARREPIO DO MIJO é algo que foge ao controlo de qualquer ser humano. É ir mijar e não perceber porque raio é que nos dá um arrepio na espinha, que vem desde o dedinho do pé até ao alto do Guedes [parte mais saliente do crânio] aquando de cerca de 75% do vazamento da bexiga. Acontece pouco antes de sacudir o dito cujo e embora seja quase impossível de evitar, dá um prazer dos diabos (quase tão bom quanto ir cagar).
sábado, 20 de setembro de 2008
As merdas que fazemos para nos sentirmos melhores pessoas
Pois é... a vida é feita de pequenos nadas e de quando em vez todos somos confrontados com a inevitável constatação que somos apenas humanos e que não ha nada de transcendente ou especial em ser um mamífero com a capacidade de pensar. Por isso arranjamos estratégias para nos sentirmos especiais e mesmo sabendo que é mentira acreditamos nisso porque a alternativa é demasiado brutal para a aceitarmos, normalmente a verdade dói.
O mais clássico e visível até para um leigo é quando damos uma moeda de 10 cêntimos a um qualquer desgraçado que dorme na rua, é automático: ficamos logo todos inchados de sentimentos de nobreza porque ajudámos um pobre coitado pior do que nós. Este não falha.
Outro muito em voga e muito utilizado é o clássico de telefonar á (ao) ex-namorada(o) para perguntar se está tudo bem. Este pequeno gesto faz nos sentir inundados por uma sensação de bondade incomensurável. Somos as melhores pessoas do mundo porque apesar de aquela pessoa já não fazer parte da nossa vidinha mostramos que nos preocupamos e que somos MESMO boas pessoas. Garantido.
Ás vezes também nos reduzimos a tarefas domésticas para nos sentirmos melhores, pequenas coisas como arrumar o quarto, lavar a loiça, aspirar o chão... qualquer coisa que quando se acabe se possa dizer: -Sim senhor! Tou orgulhoso de mim! Isto ficou mesmo bem feito.
Ajudar um cego a atravessar a rua ou afastá-lo de um cagalhão também costuma ajudar. Por alguma razão ficamos a pensar que aqueles 10 segundos que gastámos a “ajudar” essa pessoa vão lhe ficar na memória e eles extremamente agradecidos pela nossa infinita bondade.
Outra coisa que também fazemos muito é criar uma falsa capa de tolerância em relação a tudo para parecermos muito fixes, apesar de se calhar desatinar com a coisa, a tolerância ta na moda e não convém criar muitas “ondas”. A tolerância faz-nos sentir bem.
Há aqueles também que passam a vida a fazer os outros sentir-se bem para por sua vez, eles sentirem-se bem com eles próprios, é um animal complicado o Homem... e a mente Humana funciona de formas que nem neste blog nos atreveremos a desflorar.
O Álcool também costuma ajudar as pessoas a sentirem-se melhores especialmente se for a seguir a uma ressaca, Aliás as substancias psicotrópicas em geral ajudam bastante as pessoas a sentirem-se melhores ou pelo menos com uma percepção alterada do seu “eu” que é o que interessa aqui. Cada um arranja o esquema que mais lhe convém para se sentir melhor pessoa do que realmente é mas no fundo trata-se sempre de uma demanda alucinada para engordar o ego e afastar-nos da realidade. Somos apenas animais, temos necessidades de animais e estamos sempre a fazer coisas que questionam a racionalidade por isso quanto mais cedo nos apercebermos que andamos aqui todos para nos fodermos uns aos outros , mais rápido nos poderemos adaptar ás novas regras do jogo.
Eu, por exemplo escrevo para este blog também para me sentir melhor pessoa, para me armar em artista e para ver se engato gajas com as minhas tangas de pseudo-escritor, mesmo agora que estou a acabar este texto, estou me a sentir muito melhor pessoa.
Nitos (o nihilista algarvio)
O País
O caos, a desordem, a pilhagem e o abandono foi o cenário Mad Maximizado que Zeferino conseguiu vislumbrar enquanto percorreu enojado o país. O lixo espalhava-se por todo lado, assim como o seu cheiro nauseabundo. Faz aos outros como te fizeram a ti era a palavra de ordem. Os campos de Futebol eram campos de fuzilamento e palcos de outros tristes espectáculos como o próprio Futebol. A juventude, rara e pensante havia abandonado o país, aliás, todo o país havia sido abandonado e ninguém apagou as luzes como havia sido aconselhado pelos anarquistas. O país regulava-se por uma nova pirâmide socio-económica. Na base ficavam os espezinhados, logo acima os pilhos e salteadores libertos, acima destes ficavam os políticos e outras espécies de animais engravatados. No topo da pirâmide vingavam os dirigentes desportivos, meretrizes autarcas, artistas pederastas e toda uma espécie de elite dourada sempre encharcada de champagne, caviar e cocaína. O funcionamento desta nova engrenagem social era relativamente eficaz ainda que simples e redundante. A classe político-engravatada espezinhava os espezinhados que, sob a pressão que lhes era exercida, ascendiam rapidamente à classe de pilhos e salteadores onde ajudavam a espezinhar mais os espezinhados. A elite dourada, por seu lado, limitava-se a traçar as directrizes com que a classe politíco-engravatada se governava, e esta prestava-lhe tributo.
Ao chegar ao fim do país, Zeferino atravessou a porta de Saída e leu o placar de néon que pendia intermitente sobre esta: You are now exiting the country formerly known as Portugal.
In Andanças de Zeferino – O Optimista
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Dois Mundos
De um lado da razão estava Dan Brown, que havia revelado ao mundo que o verdadeiro cálice da sabedoria estava no meio de nós, e, melhor que isso, qualquer um de nós poderia ser o descendente directo do Messias. Havia portanto que procurar pela salvação e não deixar escapá-la como da outra vez. Os cidadãos que viviam do lado de Dan Brown, aboliram de imediato a igreja católica e passavam os dias a cantar o libretto de Jesus Christ Superstar enquanto tentavam andar por cima de água. Muitos morreram afogados. Os mais espertos, os que descobriram nas entrelinhas do Código, que Cristo teria um dia voado tentaram fazer o mesmo, no entanto não o conseguiram.
Conta Zeferino que, na outra metade do mundo desperto, a líder eleita tinha sido Rhonda Byrne. Os sóbrios ensinamentos desta senhora ensinavam a fazer as coisas acontecer com um simples e modesto pensamento positivo. Penso logo exijo havia ela ensinado às massas, até então ignorantes.
Os seguidores desta facção também tinham eleito uma música para seu hino; Help me Rhonda, melodia composta pelos super-positivistas que eram os Beach Boys. Os habitantes deste hemisfério puseram igualmente em prática o que lhes foi ensinado. Os mais saudosos pensavam positivamente em Oliveira Salazar, e ele, logo aparecia aos súbditos apenas para desaparecer de imediato devido ao pensamento positivo daqueles que não gostavam do senhor. Diz Zeferino que Salazar aparecia e desaparecia com tal frequência que assemelhava-se muito a um objecto sob o efeito estroboscópico, dando assim origem à expressão um Salazar em cada esquina.
Entretanto chegaram os extraterrestres, que noutros tempos haviam sido tão desejados, mas ninguém lhe ligou nehuma. Estacionaram as naves na órbitra terrestre, fizeram pipocas nos seus fornos de raios laser, e recostaram-se a assistir ao filme humano. Zeferino já lhes tinha avisado (muitos anos antes) que era um filme cómico mas eles quiseram ver com os próprios olhos.
In Andanças de Zeferino – O Optimista
Poema Póstumo
Deixei-as perto da campa nº 64
(por debaixo da Gárgula).
P.M.
(Post Mortem)
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Polícias e Ladrões
Uncle Remus
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Brandos Costumes
A criatividade nas acções lesivas do bem comum chega mesmo às expressões utilizadas. Para mim, por exemplo, o “carjacking”, “motojacking” ou “hijacking”, significam uma coisa: o desvio ou roubo de um bem móvel. Os portugueses conseguiram inventar o “homejacking”, que na minha perspectiva só seria possível se todos vivêssemos num parque de caravanas.
No entanto o uso do “homejacking” não é de todo infundado, uma vez que as expressões “Trailer-Park” ou “White Trash” são usadas pelos Americanos em relação a quem habita neste tipo de refugos de caravanismo permanente e reflecte a actual situação social Portuguesa. Afinal vivemos mesmo num parque de caravanas nos arredores da Europa.
P.M.
(Post Mortem)
domingo, 14 de setembro de 2008
Reciclagem do horror
Moluscos que se movimentam pela demência do acaso.
Ecoam e emanam o acto purgativo…são ócios do tempo, achados do pudor, detritos de uma consciência perdida, reciclagem do horror...
Manifestação intacta e senil, sombras trémulas de uma percepção decadente.Interpelo-os, ramifico o vazio em mil pedaços de merda... Caleidoscópio de pó e de nada, estruturas sem encaixe, monopólios corrosivos... alucinações em posta! AH! São pessoas... seres com características inegáveis…átomos invadidos de confusão k crescem e colidem entre si... abnegáveis circunstancias do coincidente…residentes telecomandados pelo sadismo personificado... dejectos fragmentados de um eu idílico e inexistente. Primos do colhão, amigos do garrafão... praxis do nihil..
Ilusões de uma vontade primitiva, manifestos imbecis de uma virtualidade sem adjectivação.
Selva de grunhos e ataques sólidos, placas de demonstração superficial, barreiras ácidas e atropelamentos viris.
Máscaras do infinito, esse ,basal e pouco dotado (de reduzidos firmamentos).
Corte presencial com términos questionáveis.
É o Homem!
Razão projectada para a implacabilidade...sem suborno prévio.
Barbie Túrica
sábado, 13 de setembro de 2008
1915
Pequenos mal-entendidos...
Chegam ao pé de um gajo e o caralho, -Ah! e Tal... Sou da margem sul.
e Eu digo: Margem sul do que caralho?
-Do tejo.
-Pois bem. Eu sou de Faro que é o caralho do pintelho de Portugal Continental mais a Sul do nosso território por isso para mim tu és do Norte.
(começo a comparar os Lisboetas ao Americanos (seja lá o que isso for) parece que só existe Lisboa, o Tejo e o resto: pra cima e pra baixo.
Portugal é feito de microrealidades. Digo Eu que não sei...
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Os loucos
Figuras míticas como “O Urra” (Elias de seu nome), ilustre morador da Estrada de São Luís, a “Smarties” que se fritou com os ácidos nos 70as, uma gorda de quem não sei o nome mas que fala sozinha em falsete pelas ruas, o saudoso “Julinho” (O Marreco) que foi o terror da minha infância e que atirava pedras a tudo que mexia; todos eles têm somente como seus confidentes os animais que adoptam ou as pedras da calçada.
Há algo de castrador em ser supostamente “normal”. A ideia de que não absorvemos a realidade como um todo, que somente parte dela nos está reservada através de um elaborado filtro social. Os loucos abdicaram desse filtro e é isso que os torna especiais.
P.M.
(Post Mortem)
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Uma especial saudação para as Camaradettes
A Festa do Avante é sempre assim: Venho sempre de lá semi-angustiado; é que durante este espaço de convívio e devaneio narcótico vejo sempre uma mão cheia de Camaradettes com as quais contrairia matrimónio sem o mínimo pejo, dou até por mim por vezes a considerar a propagação da minha linha genética (pensamentos que raramente me invadem, felizmente)
Este ano não foi excepção, mesmo tirando as novas demais, a Festa do Avante continua muito bem representada e é de louvar! Tiro o chapéu ao Partido Comunista por ano após ano conseguir manter a qualidade e quantidade nivelada por cima. Assim vale a pena!
Quanto a mim, não me fazia mal beber um bocado menos e meter menos drogas químicas, se calhar focava-me mais no objectivo de me multiplicar (ou pelo menos tentar) mas acho que ainda não senti o apelo... Gostei mesmo foi da frigideira e das garrafas de vinho verde que havia em braga. Ah! E também andei de bicicleta.
Pró ano há mais...
Rolando Bosta (enviado especial rosaxokk na festa do Avante)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Astigmatismo latente do cerebelo cosmologico
Falo por parábolas desconexas
que os outros não entendem
Repito os nomes pelos quais eram chamadas
as coisas no paradigma inicial
mas ninguém entende
Planeio revoluções interiores que são tão
inconsequentes como os planos
Delineados com grande ponderação.
Necessito urgentemente de uma consulta
Oftalmológica para o terceiro olho.
P.M.
(Post Mortem)
domingo, 7 de setembro de 2008
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Camaradas, amigos e visitantes...
Deixo no entanto um recado para a maltinha de Faro que já está a aquecer os motores da desbunda e afinar os pistons da máquina de emborcar cerveja:
Não se esqueçam que os melhores Mojitos não são no Pavilhão de Cuba, mas sim na barraca da Associação de Amizade Portugal-Cuba. No domingo, quando o Camarada Jerónimo estiver a discursar, o melhor sítio para se estar é o mais afastado possível do Palco 25 de Abril. Ah! E para quem quiser trazer-me uma t-shirt, as do EZLN mais fixes são as do Pavilhão Italiano.
Eu por cá vou tentar reproduzir o ambiente da Festa o melhor que puder. Vou apanhar “uma” descomunal na sexta-feira de maneira que dure até domingo. Vou entrar nos bares com senhas de cerveja que não gastei no ano passado e tratar todos barmen por camarada. Vou montar uma tenda na rua só para depois dormir noutro lado qualquer.
À noite quando chegar a casa, vou vomitar debaixo da janela dos meus vizinhos enquanto canto a Internacional.
Segunda-feira vou acordar todo ressacado à porta da estação dos caminhos de ferro, e quando a malta chegar, vou fingir que não me lembro de nada…E pronto será como se tivesse lá ido.
Camarada Romualdoievski Alizandreievicht Crescov
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Há 1000 anos
Apenas dois espelhos que reflectiam uma alma vazia
que sucumbia ao prazer de uma boa foda.
Despertaste-me a Líbido mas fiquei com a certeza que não te conheço.
Hugo Norreias
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
El cagalhón
Aldeia blogal
O mundo é uma aldeia e há pessoas que gostam de levar esta máxima até aos limites da cretinice:
Sou de Faro e trabalho em Lisboa e acontece me muito as pessoas perguntarem me de onde eu sou ao que eu respondo: Sou de Faro
-Ah! És do Algarve! Então deves conhecer o Roberto? Ele é de Portimão acho eu...
depois de explicar calmamente (na medida do possível) que tanto Portimão como Faro são cidades com mais de dez mil habitantes e que mesmo que fossemos da mesma cidade a probabilidade de conhecer aquela pessoa em particular era extremamente baixa, atiro ainda que prái 70 quilómetros separam as duas cidades portanto não é como ir ali ao café comprar tabaco...
e depois pergunto: - E tu? És de onde?
Sou de Lisboa.
Ao que eu respondo: Ah! A Estremadura! Essa bela região! Deves conhecer o Tó-Zé ali de Setúbal, não?
Senécas (Filósofo e Separatista Algarvio de Faro)
Fare Revisitade
Uma das muitas coisas que eu gosto em Faro é que parece ser imutável.
Qual mamute pré-histórico conservado numa dessas quaisquer calotas polares lá está! Ao mesmo tempo que assusta é reconfortante, não consigo bem escolher as palavras, estou a falar afinal da MINHA cidade.
Há qualquer coisa no ar, nunca soube muito bem o que... ha quem diga que é do meridiano, outros dizem que é do rébolao mas que há qualquer coisa, há.
Palavras sábias, transmitidas de geração em geração que reflectem toda uma filosofia de vida própria em ser Farense como que dizendo: -Calma... não vale a pena entrar em stresses taralhoucos, amanhã logo me chateio com essa merda se tiver tempo senão mando sete grãos de areia para trás de um poço enquanto digo uma mézinha e tá safo.
Gosto da minha vezinha que me pergunta: - atão miga... quem era aquela mecinha que tavas no outre dia?
- A mesma. Digo eu como se isso interessasse, a velha já tá tão queimada que nem percebeu que era um amigo meu daqueles que mata galinhas e ouve Musicas de satã...
a mesma vezinha que uma vez me viu a fumar ganzas com os drógados do meu bairro e disse á minha avó: -Ai... o seu netinho tava com os amigos e tavam todos com muito frio... tavam a fazer fogueirinhas nas mãos para se aquecer... e são todos muito poupadinhos! Fumam todos do mesmo cigarrinho... aquilo um cigarro dá pra 7 ou 8...
O resultado disto foi a minha avó comprar-me umas luvas e um maço de tabaco.
O que é certo é que “ela” há de vir parar á mesa e é nisto que nós algarvios somos fodidos: as coisas aparecem feitas.
Senécas (Filósofo Algarvio)