É sempre assim... cada vez que vou a Faro transformo-me numa mistura de Nicholas Cage no "Morrer em Las Vegas" com o Dom Quixote a lutar alucinadamente contra moínhos de vento, só falta mesmo haver "neons" gigantes e coloridos e alguma coisa para lutar contra (porque os moinhos de vento são imaginários).
"Gosto de sentir a chuva a bater-me na tromba quando estou bêbado" Este é um dos poucos pensamentos completos que me lembro de ter tido em todo o fim de semana, as memórias são recortes grotescos e disformes de pessoas que já não via há uns tempos, flashes aqui e ali de situações pontuais e pouco mais.
Ha algo de doentiamente consolador em bater no fundo e com a frequencia que o faço começo a duvidar se não devia ter ido para mergulhador. Ando por ruas secundárias, as principais são demasiado perigosas nos dias que correm, dou passos seguros por caminhos antigos gravados na minha memória, "a realidade ás vezes é demasiado feia" conformo-me enquanto acabo de emborcar mais uma garrafa de liquido estabilizador (cerveja) viva a erosão do ser.
O fim de semana acaba e Eu fico com a impressão que só passou um dia, um dia grande e que deixou sequelas, o meu corpo começa a sentir a privação do alcool, as minhas mãos tremem, estou todo dorido e começam-me a contar coisas que eu fiz mas não me lembro, tudo normal, sem surpresas nem alarmes foi só mais um fim de semana na cidade...
João Pequeno (o amigo do robin hood)
4 comentários:
muito bom! mais uma crónica etilico-psicotrópica que resume na sua essência a inutilidade necessária do que é sair à noite.
no comment,vai-te mas é cuidar!
gandamaluco, é melhor ficares-te pela provincia tá visto. vires à cidade faz-te mal.
O vinho é o maior inimigo do homem mas não se deve virar as costas ao inimigo...
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