Num dia mau, deambulo por Faro, a cidade morta, despida das pessoas que preferem fazer compras nas grandes superfícies. Só os junkies correm apressados à procura da próxima dose. Encontro algum conforto no facto da cidade ser só minha. O sentido de posse que só os desventurados sentem. A cumplicidade na podridão e decadência exponenciadas pelo horário de Inverno.
Os velhos precipitam-se pelos passeios pejados de carros, impedindo a passagem, numa valsa lenta que aguarda relutante o fim. Pensamentos geriátricos assolam-me e fazem-me acreditar que este país é de facto para velhos...
(E eu não estou a ficar mais novo).
P.M.
(Post Mortem)
Os velhos precipitam-se pelos passeios pejados de carros, impedindo a passagem, numa valsa lenta que aguarda relutante o fim. Pensamentos geriátricos assolam-me e fazem-me acreditar que este país é de facto para velhos...
(E eu não estou a ficar mais novo).
P.M.
(Post Mortem)
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