domingo, 30 de novembro de 2008

Asa de mosca

Gosto de aprender novos conceitos: Este fim de semana fui introduzido á ciencia da "asa de mosca".

Para quem não sabe é um tipo de farofa cujo cheiro a gasóil 95 octanas se encontra bem presente.
De facil inalação este combustível carbura rápidamente sendo bem assimilado pelo organismo, há algo que nos remete a um ambiente de estação de serviço ou a uma oficina de bate-chapas ou até mesmo em ultima análise e citando Ena pá 2000 "um homem sente-se como um tractor".
Depois de abastecer, todo o alcóol que vinha acumulando e ja me forçava a cambalear miraculosamente dissipou-se e fui invadido por uma espécie de sobriedade Galp, senti-me um daqueles senhores que simpaticamente perguntam quanto é queremos de gasolina e fazem o favor de a por no depósito sem termos de sair do carro (em troca de uma remuneração pecuníaria, obviamente).

Em jeito de conclusão diria que a asa de mosca está aprovada, é um bocado mais cara do que a gasolina normal mas permite uma boa performance ao motor e é amiga do ambiente para alem disso fiquei com a impressão que se aditivarmos amoníaco a este combustivel conseguimos obter uma boa consistência depois de queimado.







António Bandeiras

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O efeito Borboleta

Segundo uma interpretação popular da Teoria do Caos, tudo está relacionado. Por exemplo se uma borboleta bate as asas no Brasil pode desencadear um terramoto em Kathmandu.
Em Portugal, factos aparentemente não relacionados e independentes entre si, têm afinal um nível elevado de correlação depois de observados segundo os pressupostos desta teoria. Vejamos alguns exemplos:


- O Sr. Silva não conseguiu pagar as prestações do empréstimo que havia contraído para compra de uma casa. Logo foi obrigado a entrega-la ao banco encontrando-se presentemente numa situação de insolvência grave.
- Nesse mesmo momento um banco declarou um passivo de 700 milhões de Euros. Ao contrário do Sr. Silva, o banco não foi obrigado a cumprir as suas obrigações, o Estado decidiu a sua Nacionalização com dinheiro dos contribuintes (entre os quais se encontra o Sr. Silva).


- Uma Universidade do Norte fecha as suas portas durante 15 dias para poupar electricidade, devido aos cortes orçamentais promovidos pelo Estado.
- Nesse momento todas as cidades Portuguesas enchem-se de iluminações de Natal. O Natal começa agora em Novembro e as autarquias estão mais preocupadas com as próximas eleições do que com o pagamento de contas de electricidade.
Como vêm está tudo ligado…



P.M.
(Post Mortem)

Diáspora psicotrópica

Ver as luzes de Natal.

Foi este o objectivo a que nos propusemos inicialmente, claro que sabíamos de antemão que iríamos precisar de aditivos espirituais para esta demanda, Apareceu-nos um senhor com um nome Alemão a andar de bicicleta...Era um sinal dívino.

Sempre com o sentido de missão bem presente começámos a encaminhar-nos para o que iria ser o final apoteótico desta viagem: "A praça das luzes que piscam" como lhe chamámos. (o terreiro do paço está forrado de flashes que piscam á volta)
Nesta viagem irámos passar por 2 das maiores avenidas de Lisboa e apreciar as respectivas luzes até ser bombardeados com flashes e ir para casa.
A camara municipal de Lisboa gasta dinheiro demais nas luzes para estas não serem apreciadas como deve de ser, com este pensamento em mente arrancámos da casa X (onde mora o índividuo X, nosso amigo por sinal) até ao objectivo final.

A viagem em si foi agradável, as luzes estavam boas (especial destaque para a avenida da liberdade onde as luzes parecem derreter) e todas as expectativas (se é que haviam) foram totalmente atingidas, o final foi apoteótico como se esperava com os flashes a cumprirem a sua função. Ficámos lá um bocado em pleno delírio visual e fomos pra casa.

Segunda-feira não fui trabalhar.





Timóteo Lírio

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Comentários

Anónimo disse...
Epá que post mais parvo...
Anónimo disse...
Parvo és tu, ó caramelo, que não tens nada pra dizer e tal...
Anónimo disse...
Caramelo é o caralho ouviste? Vê lá se não queres chupá-lo
Anónimo disse...
É preciso ser muita imbecil pra vir práqui com caralhadas e
não dizer mais nada.
Anónimo disse...
A quem é que tu tás a chamar imbecil, se não
te escondesses atrás do anonimato logo vias
Anónimo disse...
Mas eu ainda não disse nada
Anónimo disse...
Estes senhores vêm para aqui, sem qualquer classe,
nem sabem escrever e põem-se a criticar o trabalho dos
outros. Deviam era experimentar fazer um blog para podermos
todos deixar lá comentários. Depois nem deixam o nome, assinam
Anónimo, que falta de chá
Anónimo disse...
Cala-te ò tentativa de intelectual, tu também és anónimo
Anónimo disse...
Vai-te foder palhaço...
Anónimo disse...
Quem eu?
Anónimo disse...
Não caralho, o anónimo lá de cima
Anónimo disse...
Mas eu ainda não disse nada...
Anónimo disse...
Não é contigo FODA-SE
Anónimo disse...
Vocês deviam era arranjar outro hobby, passear um bocado...
Anónimo disse...
Mandar-te para o caralho, parece-me um bom hobby
Anónimo disse...
Isso é comigo???
Anónimo disse...
O que é que achas? Tá aqui mais algum anónimo?
Anónimo disse...
Epá, alguém me sabe dizer onde posso arranjar ganzas?


Anónimo

Texto de cariz interventivo (T.P.C. Punkito)

A rotina destrói o Homem, limita-o a uma rídicula repetição e condena-o a estar limitado a um circulo fechado.
Inventemos alternativas!!!
Qualquer parvoice soa melhor do que repetir o que todos os dias se repete, sem novidade, sem alegria e sem motivação.
Esta ínfima parcela a que a frenética organização das aparências e do espectáculo apelida de "realidade" não é certamente tudo a que o Homem (minimamente dotado de imaginação) possa aspirar e a única forma de contariar esta estagnação física e mental é subverter esta forma de não-viver encanzanando este espaço-tempo, reiventando-o, pintando-o de novo e repintando-o até que não tenha uma forma definida.
Transformar esta pseudo-vida numa amalgáma de vida viva, onde a palavra "viver" tenha o sentido que caca um lhe quer dar e não se limitar a esta sobrevivência de plástico que nos querem impingir.

Era bom eliminar com eficácia total o tédio da nossa vida e varrê-lo para debaixo do tapete da espontaneidade, destruir ideias e conceitos pré-concebidos e antagónicos á experimentação inerente da vida. NADA nos devia demover desta demanda pelo santo graal de absinto, a cereja no topo da vida, A FRAMBOESA QUE ESTÁ PRA VIR.

É minha convicção qualquer pessoa que preze a liberdade incondicional em vez de liberdade numa gaiola, veja na imaginação abstracta e na reacção espontanea sintomas mais humanos do que reduzir as nossas capacidades ilimitadas a funções específicas e repetidas até á exaustão.
A MALTA É HUMANA!!

A unica forma de destruir este plano dimensional, esta pequena parcela da realidade que nos é impingida como um todo é cortar por completo com a mesma e, de fora minar as hipócritas fundações sobre as quais está assente. É preciso emergir desta letargia mental por controle-remoto e dizer bem alto: NEM A VOSSA GUERRA NEM A VOSSA PAZ.





Baco Nine

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Romance Retro (Pseudo-Intelectual)


Ela jogava Space Invaders no salão de jogos. Ele tinha conseguido chamar a sua atenção, enquanto assistia ao jogo, proferindo a seguinte afirmação:
- O Space Invaders é o jogo mais maniqueísta que conheço...
Ao que ela respondeu:
- Este jogo põe em causa o princípio da Incerteza de Heisenberg. Simplesmente não tem qualquer factor de incerteza. É completamente previsível. Os marcianos limitam-se a andar da esquerda para a direita e vice-versa.
- Lamento discordar mas existem sempre factores externos, que fazem com que não alcances sempre a mesma pontuação.
- Ah sim? E que factores são esses?
- Eu, por exemplo.
Nesse momento os dois aperceberam-se que eram uns verdadeiros “nerds” e correram para a casa da mãe dela, onde copularam toda a tarde.

P.M.
(Post Mortem)

sábado, 22 de novembro de 2008

Lá tá ele armado em irmão mais velho...

«Tens umas calças muita giras» disse Jerónimo, antes de ter sido chibado por Manuela, que secretamente já andava a curtir com José e Paulo nas costas de Jerónimo, o que, deixava Francisco pior que estragado. Este gostava de escutar atrás das Portas, vício que irritava solenemente o seu amante Miguel, que sempre o vigiava com algumas das suas amigas lésbicas.
Tal como Winston, todos estes senhores estavam sujeitos à terrível censura/tortura do Grande Irmão, caso se desviassem alguma vez do verdadeiro caminho correcto. Do caminho do Grande Irmão, lá está.
A Winston, em 1984, perguntavam-lhe quanto era 2+2, ao que ele respondia: 4. O algoz não gostava da resposta por esta estar excatamente correcta. Daí voltava a fazer a pergunta, e Winston respondia outra vez 4, e cada vez que respondia 4, era torturado porque, explicava-lhe o algoz, a resposta estava certa. Um dia, Winston(não aguentando a tortura), respondeu 5, e o Algoz disse-lhe que a resposta estava certa, mas no entanto, torturou-o mais do que nunca. É que, o algoz, não queria só que o torturado respondesse à resposta por condicionamento, a ideia era que o torturado acreditasse mesmo que 2 mais 2 fossem 5, e que, se possível defendesse a resposta com a própria vida.
Hoje em dia, o que me aborrece, é o Grande Irmão ter sido comercializado e franschizado em vários programas de televisão daqueles mauzinhos, e dar prémios a quem se submete, e pior, as supostas vítimas( e isto é que me fode) desatam a gritar 2+2=5, sem serem sequer consultadas e realmente convencidas de que a resposta está certa. E se por acaso alguém lhes afirma « a senhora está a ser ambígua», logo elas respondem cheias do seu licenciamento em engenharia do papel reciclado «não, não, eu gosto muito de homens, ouviu...?»

Uncle Remus

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

And now for something completely different...


Imagem gentilmente enviada por Daniel Dantas

domingo, 16 de novembro de 2008

Our Endless Numbered Days

Somos diariamente confrontados com uma ansiedade crescente que se exaspera com a passagem do tempo. Ansiamos avidamente que a semana passe e que chegue finalmente o fim-de-semana. Ansiamos que chegue o fim do mês para pagarmos as dívidas. Ansiamos que chegue o Verão e com ele novamente o calor. Ansiamos que passe o Natal para podermos novamente respirar. Ansiamos sempre qualquer coisa e esquecemo-nos por vezes de viver (porque como alguém uma vez escreveu: Viver Todos os Dias Cansa).
Nota: Este pensamento lacónico foi obtido na casa de banho enquanto desfocava ao olhar para um azulejo manchado durante meia hora e recebeu uma menção honrosa do júri dos jovens Católicos da Rádio Renascença.

P.M.
(Post Mortem)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Se a vida tivesse uma "banda sonora" (como nos filmes)

Quando estamos mesmo aflitos para fazer xixi, sabe mesmo bem, já existe um texto, neste blog que fala sobre isso em todo o seu explendor.

O pensamento que me ocorreu foi: e se a vida tivesse uma banda sonora?

Que música escolheria para esse momento fatídico em que tenho mesmo de mijar senão a minha bexiga rebenta?

Que melodia escolheria Eu quando me dá o "arrepio do mijo"?

A escolha foi o "Barcelona" esse grande dueto de Monserrat Caballé e Freddy Mercury.

aceitamos sugestões.




Henrique Cimento

Understand? (tá percevido?)


(Imagem gentilmente cedida por Carlos Seixas)

Notícias Rosa Xókk

A Ministra da Educação recusa dialogar com os professores e estes estão a manifestar-se em massa (mais de 100.000 nas ruas). Esta recusa tem, segundo a Ministra, base num Memorando (documento com grande força legal) de entendimento assinado em Abril.
Foi hoje encontrado no Gabinete da Ministra (para alem de um Dildo de dimensões assinaláveis), um Post-It colado no ecrã do seu computador que declara que a Disciplina de Lavoures deverá ser matéria obrigatória no Ensino Secundário.
Foi também encontrado no balde do lixo da Ministra, um papel amarrotado que volta a integrar os castigos corporais nas escolas. A disciplina vai passar a ser ministrada com tacos de cricket que vão ser amplamente distribuídos pelas escolas (mais do que o próprio Magalhães).
A todos estes documentos foi ainda acrescentado um ficheiro em PDF, com carácter vinculativo, que ensina os alunos a dar os primeiros passos no mundo da pornografia utilizando o Magalhães.
Gazeta RosaXókk

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mortal Combat XXI


Depois do combate entre um Ortodoxo Grego e um Ortodoxo Arménio ter acabado em empate técnico para grande desgosto do público, entraram no ringue um orgulhoso Católico Romano e um esquivo Islâmico Xiita. O 1º assalto foi totalmente dominado pelo fiel de Bento XVI que com um celestial jogo de pernas conseguiu fustigar o Xiita com a ponta afiada da sua cruz. O combate terminou abruptamente ao segundo assalto quando o islâmico, em nome de Deus, fez-se explodir, mandando pelos ares o seu oponente, o ringue e toda a audiência de ateus que assistia em êxtase.
Está já agendado para a semana o próximo embate das crenças, entre um Sufi Paquistanês e o campeão em título, um Budista conhecido como: O Garanhão do Tibete.


Uncle Remus

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Imperador Smith

Aquela conhecida máxima «a vida a imitar a arte» está cada vez mais presente no nosso país. Em Portugal, porém, como somos um povo que gosta de adaptar tudo ao nosso estilo peculiar, a vida tende mais a imitar a Banda Desenhada. O que calha bem, tendo em conta que já não nos falta muito para sermos uns autênticos bonecos animados.
Lembram-se do Lucky Luke? Sim? Não? Não interessa. Num dos livros do Lucky Luke – O Imperador Smith – Havia um certo Juíz, em Grass Town , que exasperava o cowboy solitário apenas porque, ao julgar os maiores crimes cometidos pelos piores bandidos, deixava-os sempre sair em liberdade com uma simples admoestação, que, consistia numa palmadinha na face do meliante acompanhada do embalo – Vá lá seu traquinas! - É claro que os ladrões rebolavam-se contentes pelo chão, enquanto que Luke espumava de raiva pela boca.
Conseguem ver as semelhanças entre a arte de Morris e Goscinny e a vidinha do nosso paraíso(fiscal) à beira-mar plantado? É claro que conseguem.
Aqui também os maiores bandidos cometem os maiores crimes e safam-se sempre com uma palmadinha nas costas (cá está a adaptação portuga). O embalador – Vá lá seu traquinas – é substituído por um – Pronto, pronto, vá-se lá embora - enquanto que um advogado de defesa promete sempre – Vamos recorrer!.
Tudo acaba bem, como nas histórias de fantasia da Banda Desenhada: A senhora tinha um saco azul? Defraudou a Câmara, fugiu do país? Pronto, pronto(palmadinha nas costas), vá-se lá, embora e porte-se bem. O quê, o senhor comprava árbitros para adulterar jogos de futebol? Pronto, vá-se lá embora, não há-de ser por isso que nos vamos chatear. Os senhores faziam o quê com as crianças? Palmadinha nas costas...etc,etc,etc,.
Há quem compare esta atitude com a de Cristo, que também perdoava tudo e todos. Eu continuo achar que somos mais parecidos com o Imperador Smith, que no livro era um senhor baixinho de bigode, completamente maluco e com a mania das grandezas.
RAC

Criatividade

Todas as semanas se abria um Vortex espaço-temporal no quarto de W. Os amigos consideravam-no um tipo estranho. Diziam que escrevia por explosões metafísicas de matéria quântica, argumento rapidamente refutado por W, que assegurava que o seu processo criativo se assemelhava mais a uma implosão interior que o fazia normalmente ver Estrunfes.
Os Estrunfes seguiam-no frequentemente para o vortex mas acabavam sempre como sopa do Gargamel. A repetição deste infortúnio fazia-o relembrar que o mundo é na realidade um lugar injusto, onde os bons raramente ganham.
W tornou-se um comprador compulsivo por acreditar que o Materialismo Dialético era a arte da retórica aplicada na negociação das suas compras. Tinha agora a liberdade para negociar modos de pagamento que lhe permitiam gastar mais do que ganhava.
Sempre misturou os conceitos ao longo da vida. Alguns chamavam-lhe Progressista mas o progresso fazia-lhe uma certa confusão (era uma espécie de “Una Bomber” Algarvio).
Outros chamavam-lhe Libertário mas a única coisa que libertava era, por vezes, uns gases no escritório.
A verdade é que era um adepto confesso da corrente Filosófica “Not Knowing”, sendo muito mais confortável desconhecer estes conceitos perniciosos que poderiam representar algum perigo para a sua vida.
E desta forma foi feliz...

P.M.
(Post Mortem)

Bzzzzz - Crrrsshhhhhh

É manhã, estou no escritório, pernas em cima da secretária e cigarro aceso na boca. Mais um dia ignóbil à espera de sexta-feira. Aproveito para praticar o meu desporto matinal: ouvir a barba crescer. Os processos continuam a empilhar-se na mesa ao lado do telefone. Mais um dia ignóbil e o milagre não se deu, os processos não se resolveram a si próprios. Uma mosca irritante (existem outras?) começa a sobrevoar o meu espaço aéreo. Qual é a finalidade deste bichos? O que é que Deus tinha em mente? Os Bzzz da mosca confundem-se com o som da barba, que por esta altura cresce a uma velocidade vertiginosa. Crssshhh faz a barba quando cresce, Bzzzz faz a mosca quando passa, reparo que os dois sons misturados criam uma espécie de beat jazzístico agradável. Mais processos, parece que, além de não se resolverem sozinhos, ainda se reproduzem. Abano o pé ao ritmo do swing da mosca e da barba. Tento equilibrar a cinza no cigarro o maior tempo possível e penso: porque ruminam as vacas? Que espécie de compromissos pode uma vaca ter para ter que comer à pressa?
A inércia pesa-me tanto que mesmo que quisesse levantar-me não conseguia. Um dia destes alguém vai abrir a porta, afastar os processos empilhados até ao tecto e descobrir um esqueleto aborrecido de cigarro na boca.
Esta ideia assusta-me tanto que tomo uma atitude radical, levanto-me, mato a mosca e vou à pressa comprar gillettes.
Compreendo as cabras quando comem à pressa, têm que fugir dos pastores.
Uncle Remus

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Caça às bruxas

Toda a aldeia se juntou para assistir ao veredicto: A bruxa não flutuou. Não era bruxa.
Morreu à mesma. Pelo menos assim nao há duvidas… o churrasco é que vai ter de ficar para a proxima, hoje era chanfana (bruxa velha)

Podia ser, tambem uma bruxa “undercover” e não queria expor o seu disfarce daí ter decidido morrer por afogamento em vez de ser imolada viva, são manhosas estas bruxas… Nunca percebi porque é que não usam os seus superpoderes para se safar e flutuar com uma pedra de 100 quilos a puxa-las para baixo, Jesus ainda percebo porque não os usou: porque a finalidade era ele ser um martir e morrer para salvar a Humanidade (não resultou muito bem J…mas a intenção foi boa).

Isto faz-me lembrar aqueles filmes xungas de ninjas em que o “ninja bom” não pode usar os seus poderes porque prometeu ao seu “sensei” que não os usaria contra inocentes (ninjas inocentes… um bom conceito a explorar…)

Isto leva-nos a uma pergunta: Haverá um codigo de honra entre as bruxas? Uma espécie de “omertá bruxal”? Nunca vi uma bruxa chibar-se e dizer que era bruxa, e aliàs se o fizesse era logo explusa da ordem das bruxas, geralmente sào as outras pessoas que lhes apontam o dedo e as denunciam às autoridades, as bruxas são amigas umas das outras (ao contrário das gajas normais) e protegem-se enquanto classe.

Então… porque esta animosidade contra as bruxas? Sempre me pareceram boas pessoas, e se fazem poçães que funcionam melhor do que a medicina convencional e ainda nos do poderes mágicos porque não aproveitar?

Venho aqui apelar a que se pare com esta perseguição sem sentido e que tentemos fazer um esforco de aceitação comum para que as bruxas se sintam inseridas na nossa sociedade contemporanea ou pondo isto de uma forma mais simples: Vamos ser amigos das bruxas, trata-las bem, com o respeito que merecem e que lhes tem sido negado há seculos.

Chega de discriminar pessoas só porque tem poderes magicos e/ou ligações com o sobrenatural, as bruxas hoje em dia são BOAS (pelo menos as que aparecem na televisão) e mesmo que algumas sejam más é como tudo na vida… há sempre esta dicotomia bem/mal e a vida não é a preto e branco como as televisões antigas.

Abram os vossos corações as bruxas e verão que não se arrependem (e sempre é melhor do que vender a alma ao diabo para pagar as dìvidas).




Mago Patológico

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Hidrata-me os testiculos

Ás vezes sabe mesmo bem! Tanto ter alguem a hidratar-nos os testiculos com afinco e avidez , como poder dizer a alguem: CHUPA-ME OS COLHÕES!
Em ambos os casos a sensação é a mesma: uma espécie de libertação cósmica que nos faz sentir bem e aliviados.

Em relação á primeira hipótese: é preciso encontar alguem que seja entusiasta da hidratação genital e goste de almondegas. (há tambem quem faça o truque denominado de “chupar os colhões à moda antiga”: uma tradição que remonta aos tempos de Viriato e que consiste no abocanhamento por parte da femea de todo o orgão genital masculino (colhões incluidos, obviamente).

Para a segunda é preciso um ambiente propicio: Há varias ocasiões em que se pode usar esta bela expressão que a lingua de Camões nos oferece:

-Alguem (por alguma razão) está a aborrecer-me ou a conversa não me interessa:
Reposta: CHUPA-ME OS COLHÕES.

-Tou a vir para casa bebado e sem dinheiro e mesmo assim tentam assaltar-me pelo caminho:
Resposta: CHUPA-ME OS COLHÕES.

-Tou a jogar um jogo de tabuleiro com os meus amigos ( oj mes amiges em Farense) do tipo Monopoly, Risco ou Pictionary e Eu ganho:
Viro-me pra todos os presentes e digo: CHUPEM-ME OS COLHÕES. (este é um belo exemplo de como o plural pode ser usado nesta frase).

-Num jogo de futebol faço uma jogada de antologia que culmina com um golo por entre as pernas do guarda redes (a chamada "cueca")
Viro me para o primeiro jogador da equipa contraria que encontrar e grito:CHUPA-ME OS COLHÕES!!!

Resumindo: Ter alguem a chupar ou dizer a alguem CHUPA-ME OS COLHÕES é um excelente exercicio de desconstrução quando o assunto não está a ser interessante e é extremamente eficaz em ambas as ocasiões, para além disso é bueno. E bueno é bom.

(Agradeço ao Capitão Barroso pelas palavras sábias que inspiraram este texto)






William Costa

sábado, 1 de novembro de 2008