Tudo isto é devido ao lapso espáço-temporal em que no presente achamos que estamos a fazer bem mas depois, mais tarde reconhecemos que se calhar não era bem assim.
O grande problema nisto tudo é disponibilizar-mo-nos a confiar. O exemplo clássico é alguem que já confiou plenamente em alguem (sim, porque não se confia em objectos) até que teve razões para por tudo em causa. É uma sensação engraçada a de cair em "queda livre" tudo isto depende, mais uma vez de pessoa para pessoa e para algumas pessoas isto é encarado como um "alívio" ou algo normal, para outras é apenas desconfortável o que é certo é que obriga-nos a repensar a nossa realidade.
A palavra-chave aqui é confiança e temos de ter uma coisa em mente: a verdade absoluta "de mim sei Eu". Claro que nós sabemos o que se passa comnosco, somos nós. Agora o que se passa com a pessoa que decidimos partilhar a nossa realidade já não é bem assim... e isso pode causar alguns problemas.
Chega uma altura em que tudo é posto em questão e coisas que nós tomávamos como garantidas afinal não são bem assim... faz-se um exercicio de lógica e chegamos á conclusão que confiar é estupido... não faz sentido. Micro-realidades paralelas são criadas consoante o nível de paranóia e imaginamo-nos a fazer figura de "tótó" enquanto pensávamos que estava tudo bem.
A paranóia pode ser mais escabrosa que a realidade mas pelo menos é personalizada e já que não podemos saber tudo só podemos imaginar...
Depois vem a importancia que damos ás coisas e ás pessoas e é isso que vai determinar a quantidade de sofrimento, nesta equação importa ter em conta tambem variáveis como o tempo, a distancia e o silencio. Um dia acordamos e descobrimos que não queremos saber de nada, que é melhor assim e que ficar na ignorancia ás vezes é mesmo o melhor, descobrimos tambem que imaginar situações que desconhecemos é entrar no campo da especulação e que tortura mais do que ajuda.
Depois de reconhecer esse facto o nosso cérebro começa por si mesmo a meter "firewalls" em certo tipo de pensamentos e esse é o primeiro sinal que estamos a ficar melhores, começamos a relativizar e redefinir conceitos, lambemos as feridas e mandamos toda a merda para um canto escuro, ficamos a saber quem são os nossos amigos e depois de meter um penso rápido na alma seguimos o nosso caminho de olhos bem fechados (que é a melhor maneira).
Paco Niña
1 comentário:
então e se...
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