Tudo na vida é feito de ciclos. A própria vida o é.
Ciclos que acabam e começam, tal como fazer o 5º e 6º na Afonso III, não existem ciclos inacabados, toda a ideia de existir um ciclo implica um fim e um começo e cenas pelo meio (que não interessam).
Quando se imagina que um ciclo não acabou, anda-se no limbo, a vaguear por dimensões paralelas que pouco tem a ver com a realidade, preso à linha que se desviou do eixo do ciclo, chama-se a isto negar a realidade.
Quando se assume que o fim de um ciclo antes de ser um fim é um principio (de outro ciclo) é bom sinal, de optimismo e crença no futuro mas o importante é assumir que um deles acabou para poder começar o outro.
Há pessoas (como eu) cujo relógio "espaço-temporal" é mais esbatido e os "timings" de interiorização são mais lentos acabando por atrapalhar o "normal seguimento das coisas" (que é como quem diz resignação) atrasando assim o normal curso do ciclo, atrofiando-o e comprometendo o principio do ciclo seguinte.
Na vida nasce-se e morre-se, durante a vida vamos morrendo e renascendo e é no meio de nascimentos e funerais que vamos passeando até que nos tornamos indiferentes e assimilamos que a vida é mesmo assim: feita de ciclos.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Certificado de "Hobbit"
Nunca fui muito de usar anéis e muito menos brincos, não porque tenha nada contra isso mas porque acho que não me fica bem, as pulseiras fazem-me alergias e falando em acessórios mais modernos os piercings para mim são brincos que não são "feitos à pistola" mas sim "à unha". Não quero com isto dizer que sou contra o uso de qualquer um dos acessórios que referi anteriormente, pelo contrário, há pessoas em que de facto fica bem e o importante é as pessoas sentirem-se bem com elas mesmas.
Quero com isto dizer que todo aquele "hype" do "senhor dos anéis" me passou um bocado ao lado, primeiro porque tudo anda à volta de um anel com poderes (e eu não curto anéis) depois porque o "senhor" que usa o anel é um anão narigudo e o ultimo filme que vi com anões deixou-me sem vontade de ver pornografia até ao ano 2012.
Apesar de tudo isto, vi o filme, lá vi os anões á volta do anel, druidas malucos, bons e maus uns contra os outros e o anão a tripar com o anel, um elfo das flechas, uma gaja boa que faz feitiços e... outra vez o anão a tripar com a merda do anel. Eu compreendo aquele pequeno ser, Eu também não curto anéis e também não ia gostar se tivesse de usar um, ainda por cima se fosse um cota com um vestido branco a dizer-me para usá-lo e tivesse de andar á porrada com meio mundo por causa dele.
Com a idade dele devia era andar atrás das "Hobbitas" a fazer pequenos "Hobbitos" e não com um outro anão gordo sempre juntos por causa do anel e tudo isto sempre com o compadrio do "cota de branco", há algo de desviante em toda esta história e aposto que o rapaz só queria estar descansado da vida, na dele, a apanhar cogumelos nas matas verdejantes do seu jardim e a fazer coisas próprias da sua idade, crescer antes do tempo não é bom para ninguem e o meu amigo Frodo tem tempo para se tripar com anéis quando tiver de se casar...
Quero com isto dizer que todo aquele "hype" do "senhor dos anéis" me passou um bocado ao lado, primeiro porque tudo anda à volta de um anel com poderes (e eu não curto anéis) depois porque o "senhor" que usa o anel é um anão narigudo e o ultimo filme que vi com anões deixou-me sem vontade de ver pornografia até ao ano 2012.
Apesar de tudo isto, vi o filme, lá vi os anões á volta do anel, druidas malucos, bons e maus uns contra os outros e o anão a tripar com o anel, um elfo das flechas, uma gaja boa que faz feitiços e... outra vez o anão a tripar com a merda do anel. Eu compreendo aquele pequeno ser, Eu também não curto anéis e também não ia gostar se tivesse de usar um, ainda por cima se fosse um cota com um vestido branco a dizer-me para usá-lo e tivesse de andar á porrada com meio mundo por causa dele.
Com a idade dele devia era andar atrás das "Hobbitas" a fazer pequenos "Hobbitos" e não com um outro anão gordo sempre juntos por causa do anel e tudo isto sempre com o compadrio do "cota de branco", há algo de desviante em toda esta história e aposto que o rapaz só queria estar descansado da vida, na dele, a apanhar cogumelos nas matas verdejantes do seu jardim e a fazer coisas próprias da sua idade, crescer antes do tempo não é bom para ninguem e o meu amigo Frodo tem tempo para se tripar com anéis quando tiver de se casar...
Frodo Brilhas
domingo, 13 de junho de 2010
Mas quem será o pai da criança?
O dia de Santo António é um dos melhores dias para se estar em Lisboa, isto para quem gosta de alcóol, confusão, muitas pessoas, mais confusão, sardinhas e um pouco de "pimba" á mistura, é o espirito da coisa.
As ruas estão cheias de pessoas bebadas e há fogareiros a bombar sardinhas por todos os cantos, nos bairros tipicos a festa é rija e sempre á abrir, pessoas de todas as idades dançam frenéticamente ao som do pimba e (claro) há sempre porrada. Tá calor na rua, é verão o que tambem ajuda á coisa, os vestidos leves e coloridos das "bambies pululantes" que passam e sorriem dão um tom psicadélico aos passeios cheios de latas, garrafas e copos de plástico vazios, paira um certo equilibrio cósmico pelo ar...
Mais uma cerveja, mais um "flirt" no meio da multidão, um pézinho de dança e... voltar a repetir todo este procedimento, é simples, de vez em quando é inevitável soltar um sorriso por estar a dançar musica tão pirosa mas faz parte do espirito, no fim da noite depois de passar pelo "limbo", ligar o piloto-automático e chegar a casa uma pergunta não me saía da cabeça... Mas quem será o pai da criança???
As ruas estão cheias de pessoas bebadas e há fogareiros a bombar sardinhas por todos os cantos, nos bairros tipicos a festa é rija e sempre á abrir, pessoas de todas as idades dançam frenéticamente ao som do pimba e (claro) há sempre porrada. Tá calor na rua, é verão o que tambem ajuda á coisa, os vestidos leves e coloridos das "bambies pululantes" que passam e sorriem dão um tom psicadélico aos passeios cheios de latas, garrafas e copos de plástico vazios, paira um certo equilibrio cósmico pelo ar...
Mais uma cerveja, mais um "flirt" no meio da multidão, um pézinho de dança e... voltar a repetir todo este procedimento, é simples, de vez em quando é inevitável soltar um sorriso por estar a dançar musica tão pirosa mas faz parte do espirito, no fim da noite depois de passar pelo "limbo", ligar o piloto-automático e chegar a casa uma pergunta não me saía da cabeça... Mas quem será o pai da criança???
Mary Alva
quarta-feira, 9 de junho de 2010
(Mais um) Post sobre mudanças
Como todo o Português tenho uma certa resistencia (inata) á mudança, não sei se é de comer bacalhau ou de beber vinho tinto ou alguma dessas merdas típicas que nos identificam enquanto nação mas está inculcado no âmago do meu ser.
Neste caso, mudar (outra vez) de casa e devido (outra vez) ás mesmas razões: Uma senhoria bipolar e poucas condições. Podia dissertar sobre a menopausa cavalgante ou até pre-senilidade da senhora em questão ou de exigir mundos e fundos por um quarto do tamanho de uma jaula do tarrafal mas não. Isso já não interessa.
Depois de carregar duas casas para um terceiro andar nos dias mais quentes do ano até agora e ficar alguns dias sem quase me conseguir mexer isto tudo a seguir a vir de um fim de semana em Faro (sempre abrasivo), pode-se dizer que depois da tempestade vem o "Bonanza" e (como sempre) mudar foi positivo a todos os níveis, a casa é bem melhor, melhor localizada e o senhorio não chateia, agora venham os Santos e as sardinhas e (claro) o vinho tinto.
Neste caso, mudar (outra vez) de casa e devido (outra vez) ás mesmas razões: Uma senhoria bipolar e poucas condições. Podia dissertar sobre a menopausa cavalgante ou até pre-senilidade da senhora em questão ou de exigir mundos e fundos por um quarto do tamanho de uma jaula do tarrafal mas não. Isso já não interessa.
Depois de carregar duas casas para um terceiro andar nos dias mais quentes do ano até agora e ficar alguns dias sem quase me conseguir mexer isto tudo a seguir a vir de um fim de semana em Faro (sempre abrasivo), pode-se dizer que depois da tempestade vem o "Bonanza" e (como sempre) mudar foi positivo a todos os níveis, a casa é bem melhor, melhor localizada e o senhorio não chateia, agora venham os Santos e as sardinhas e (claro) o vinho tinto.
Zé das mudanças
sexta-feira, 2 de abril de 2010
sábado, 27 de março de 2010
Talking to myself
Há algo de especial nas pessoas que falam sózinhas, há pessoas que conseguem manter todo um dialogo com elas mesmas, perguntas, respostas, risos, conclusões... tudo o que normalmente se consegue através do diálogo e partilha de ideias com outras pessoas mas sem o risco de sermos contrariados.
Tenho reparado que grande parte destas pessoas tem frases tipo que soltam para o ar, coisas tipo: "Eu não sou maluco, querem é fazer-me de maluco mas não conseguem", autenticas pérolas que nós, pessoas que falam umas com as outras devíamos analisar e tentar chegar a conclusões:
1. "Eu não sou maluco" - OK, ninguem te estava a dizer que eras, mas a falar sózinho não restam grandes duvidas.
2. "Querem é fazer-me de maluco mas não conseguem" - Quem? Os duendes verdes que andam atrás de ti?
Consigo perceber que com este tipo de conversas ninguem se interesse em falar com pessoas assim o que as leva a falarem com elas mesmas, aliás consigo perceber todo o conceito, ás vezes falar com outras pessoas é o mesmo que estar a falar com um muro pelo qual passamos todos os dias, há pessoas que só falamos por causa de convenções socias e há ainda o irritante "bom-dia" que temos de dizer mesmo que seja um dia de merda.
Há pessoas que falam demasiado, há pessoas mais reservadas, mas no fundo o que torna toda esta teoria inválida é que todos temos as nossas próprias convicções e verdades e muito raramente nos deixamos convencer por alguem do contrário, o que me leva a pensar se não andaremos todos a falar sózinhos uns com os outros.
Tenho reparado que grande parte destas pessoas tem frases tipo que soltam para o ar, coisas tipo: "Eu não sou maluco, querem é fazer-me de maluco mas não conseguem", autenticas pérolas que nós, pessoas que falam umas com as outras devíamos analisar e tentar chegar a conclusões:
1. "Eu não sou maluco" - OK, ninguem te estava a dizer que eras, mas a falar sózinho não restam grandes duvidas.
2. "Querem é fazer-me de maluco mas não conseguem" - Quem? Os duendes verdes que andam atrás de ti?
Consigo perceber que com este tipo de conversas ninguem se interesse em falar com pessoas assim o que as leva a falarem com elas mesmas, aliás consigo perceber todo o conceito, ás vezes falar com outras pessoas é o mesmo que estar a falar com um muro pelo qual passamos todos os dias, há pessoas que só falamos por causa de convenções socias e há ainda o irritante "bom-dia" que temos de dizer mesmo que seja um dia de merda.
Há pessoas que falam demasiado, há pessoas mais reservadas, mas no fundo o que torna toda esta teoria inválida é que todos temos as nossas próprias convicções e verdades e muito raramente nos deixamos convencer por alguem do contrário, o que me leva a pensar se não andaremos todos a falar sózinhos uns com os outros.
RV
domingo, 14 de março de 2010
O homem que respirava demasiado alto
Já há muito tempo que não acontecia nada nas minhas viagens matinais de autocarro que justificasse partilhar mas eis senão quando aparece um gajo que respirava demasiado alto.
Nunca tinha pensado nisto, até agora, para mim nem associava nenhum som ao acto de respirar mas ter conhecido aquela personagem acrescentou mais essa dimensão aos meus sentidos: o som de respirar.
E como respirava aquele senhor! ouvia-se bem que ele respirava, fazia questão que isso fosse notado, aquele statement "oiçam o meu respirar" fez me pensar que não iria gostar nada de por exemplo ficar encravado num elevador com aquele personagem enquanto ele continuava a aspirar e exalar o ar furiosamente como se não houvesse amanhã.
Nunca tinha pensado nisto, até agora, para mim nem associava nenhum som ao acto de respirar mas ter conhecido aquela personagem acrescentou mais essa dimensão aos meus sentidos: o som de respirar.
E como respirava aquele senhor! ouvia-se bem que ele respirava, fazia questão que isso fosse notado, aquele statement "oiçam o meu respirar" fez me pensar que não iria gostar nada de por exemplo ficar encravado num elevador com aquele personagem enquanto ele continuava a aspirar e exalar o ar furiosamente como se não houvesse amanhã.
Utente Fluorescente
sexta-feira, 12 de março de 2010
quarta-feira, 10 de março de 2010
Orgia paroquial
A religião há muito tempo que tenta opinar sobre o sexo. Primeiro diziam que a masturbação cegava... bem... se isso fosse verdade eu estava a escrever este texto em Braille, depois há aquela história pouco clara do Zé carpinteiro ser casado com a Maria e ela ser virgem e depois engravidar por ver uma estrela, ha tambem um filme com a Ana Zanatti sobre freiras fufas e mais recentemente o papa veio condenar o uso do preservativo quando a SIDA mata milhões de pessoas.
Parece-me que há aqui aquela situação de falar sem saber muito bem sobre o que se está a falar, aliás como é que alguem que faz um voto de celibato está creditado para falar de sexo? Se o Ron Jeremy ou o John Holmes fossem padres talvez teria algo a ouvir (e aprender) quando estes falassem de sexo agora o Bento 16... convenhamos que não deve ser um iluminado na matéria... Tambem há aquela questão de deixarem velhas beatas e decrépitas com os cerebros lavados pela eucaristia votar em questões como o aborto... em que é que isto as afecta? tem ovários ao menos?
Uma coisa que me faz confusão é: os padres fazem voto de celibato, será que passam a vida inteira sem se esporrar? custa-me a acreditar, acho que a maior parte deve preferir mandar a sua gaitada ou assediar uns putos das suas dioceses e depois auto-flagelarem-se (sim, porque deus vê tudo)
O próprio Jesus... será que chegou a mandar uma foda? Podemos especular mas nada vem mencionado nem no antigo nem no novo testamento.
Agora recentemente na Irlanda começaram a rebentar alguns escandalos "casa pia style" envolvendo padres e crianças com violações pelo meio e acho que é no mínimo de bom tom perguntar: Até quando estes tarados vão continuar a opinar e condicionar quem fodemos, se usamos preservativo ou nos dedicamos á gaitada?
Tenho dito.
Parece-me que há aqui aquela situação de falar sem saber muito bem sobre o que se está a falar, aliás como é que alguem que faz um voto de celibato está creditado para falar de sexo? Se o Ron Jeremy ou o John Holmes fossem padres talvez teria algo a ouvir (e aprender) quando estes falassem de sexo agora o Bento 16... convenhamos que não deve ser um iluminado na matéria... Tambem há aquela questão de deixarem velhas beatas e decrépitas com os cerebros lavados pela eucaristia votar em questões como o aborto... em que é que isto as afecta? tem ovários ao menos?
Uma coisa que me faz confusão é: os padres fazem voto de celibato, será que passam a vida inteira sem se esporrar? custa-me a acreditar, acho que a maior parte deve preferir mandar a sua gaitada ou assediar uns putos das suas dioceses e depois auto-flagelarem-se (sim, porque deus vê tudo)
O próprio Jesus... será que chegou a mandar uma foda? Podemos especular mas nada vem mencionado nem no antigo nem no novo testamento.
Agora recentemente na Irlanda começaram a rebentar alguns escandalos "casa pia style" envolvendo padres e crianças com violações pelo meio e acho que é no mínimo de bom tom perguntar: Até quando estes tarados vão continuar a opinar e condicionar quem fodemos, se usamos preservativo ou nos dedicamos á gaitada?
Tenho dito.
Zé da Gaita
sábado, 13 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Desmame de viver
Para quase tudo na vida é preciso um desmame, fui ver ao dicionário e desmame significa período em que um ser deixa de mamar ou acto de deixar de mamar (o que faz sentido).
Mais vulgarmente é associado ao tempo que precisamos para nos desabituarmos de qualquer coisa, seja cavalo, pónei, drunfos, alcóol, poker ou até mesmo uma pessoa ou uma relação, tem de ser algo que o nosso organismo esteja habituado e, por qualquer motivo se veja privado.
A privação está muito ligada ao desmame uma vez que uma implica a outra, normamente passa-se por um periodo de diminuação gradual até á eliminação mas tambem se usa muito o método placebo ou seja a substituição por algo que não é a mesma coisa mas mantém-nos entretidos, há tambem o chamado "desmame a frio" quando a coisa é repentina e não temos o tal tempo de desabituação ou se decide ter uma solução radical, aqui devido á habituação do organismo é mais complicado, há dores, suores frios, mau estar e dependentemente do grau de adicção podemos passar mal e ficar com algumas mazelas.
Se conseguimos chegar ao fim do caminho e conseguirmos livrar-nos dessa substância/hábito/pessoa temos de arranjar maneira de ficar longe dela para não ter recaídas, outra coisa a fazer é lamber as feridas e tentar camuflar as marcas deixadas para isso não se notar e conseguirmos passar despercebidos a continuar neste desmame da morte que é a vida (a vida é o tempo que precisamos para nos habituarmos á ideia que vamos morrer).
Mais vulgarmente é associado ao tempo que precisamos para nos desabituarmos de qualquer coisa, seja cavalo, pónei, drunfos, alcóol, poker ou até mesmo uma pessoa ou uma relação, tem de ser algo que o nosso organismo esteja habituado e, por qualquer motivo se veja privado.
A privação está muito ligada ao desmame uma vez que uma implica a outra, normamente passa-se por um periodo de diminuação gradual até á eliminação mas tambem se usa muito o método placebo ou seja a substituição por algo que não é a mesma coisa mas mantém-nos entretidos, há tambem o chamado "desmame a frio" quando a coisa é repentina e não temos o tal tempo de desabituação ou se decide ter uma solução radical, aqui devido á habituação do organismo é mais complicado, há dores, suores frios, mau estar e dependentemente do grau de adicção podemos passar mal e ficar com algumas mazelas.
Se conseguimos chegar ao fim do caminho e conseguirmos livrar-nos dessa substância/hábito/pessoa temos de arranjar maneira de ficar longe dela para não ter recaídas, outra coisa a fazer é lamber as feridas e tentar camuflar as marcas deixadas para isso não se notar e conseguirmos passar despercebidos a continuar neste desmame da morte que é a vida (a vida é o tempo que precisamos para nos habituarmos á ideia que vamos morrer).
Alberto Camelo
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Planos
Tenho pensado bastante na inutilidade de fazer planos: com todas as variantes envolvidas valerá a pena? Ao fazer planos estamos a traçar um caminho que a maior parte das vezes não passa disso mesmo: um plano, um caminho que nós gostaríamos de seguir mas, a realidade encarrega-se de acabar com as utopias.
Num plano prático podemos usar como exemplo aqueles dias em que dizemos: “ah e tal hoje não me vou esticar muito, vou só beber umas cervejas” escusado será dizer que esses dias são os que vão acabar invariavelmente a chegar a casa de manhã a debater-me com problemas de gravidade.
Os planos tem uma grande probabilidade de correr mal, mesmo que tudo seja minuciosamente planeado de maneira a não ter falhas existem sempre as variáveis (que felizmente não conseguimos controlar) outra coisa a ter em conta é que os planos que fazemos estão muito ligados ao que nos queremos e/ou gostavamos que fosse o que até era perfeitamente possivel se vivessemos sózinhos.
A exemplo disto tenho visto um grande numero de senhoras idosas a passearem-se pela rua com o cabelo rôxo e ou temos uma legião crescente de velhas-punkitas que finalmente perceberam a Vivienne Westwood ou aquilo tambem não correu como elas tinham planeado, tiveram a vida toda para planear e acabam por ser algo que nunca tinham planeado: cotas com o cabelo rôxo.
Só o facto de existir um plano B é porque já partimos do príncipio que o plano A pode não funcionar até temos algo chamado plano de contingência para precaver potenciais riscos, o que é certo (e irónico) é que muitas das vezes nem nós próprios fomos planeados e viemos cá parar na mesma e se chegarmos a velhos nem a tinta vai pegar no cabelo.
Num plano prático podemos usar como exemplo aqueles dias em que dizemos: “ah e tal hoje não me vou esticar muito, vou só beber umas cervejas” escusado será dizer que esses dias são os que vão acabar invariavelmente a chegar a casa de manhã a debater-me com problemas de gravidade.
Os planos tem uma grande probabilidade de correr mal, mesmo que tudo seja minuciosamente planeado de maneira a não ter falhas existem sempre as variáveis (que felizmente não conseguimos controlar) outra coisa a ter em conta é que os planos que fazemos estão muito ligados ao que nos queremos e/ou gostavamos que fosse o que até era perfeitamente possivel se vivessemos sózinhos.
A exemplo disto tenho visto um grande numero de senhoras idosas a passearem-se pela rua com o cabelo rôxo e ou temos uma legião crescente de velhas-punkitas que finalmente perceberam a Vivienne Westwood ou aquilo tambem não correu como elas tinham planeado, tiveram a vida toda para planear e acabam por ser algo que nunca tinham planeado: cotas com o cabelo rôxo.
Só o facto de existir um plano B é porque já partimos do príncipio que o plano A pode não funcionar até temos algo chamado plano de contingência para precaver potenciais riscos, o que é certo (e irónico) é que muitas das vezes nem nós próprios fomos planeados e viemos cá parar na mesma e se chegarmos a velhos nem a tinta vai pegar no cabelo.
A malta lá da rua chamava-me o "Zé Planos"
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Filhas da pota
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