Tudo na vida é feito de ciclos. A própria vida o é.
Ciclos que acabam e começam, tal como fazer o 5º e 6º na Afonso III, não existem ciclos inacabados, toda a ideia de existir um ciclo implica um fim e um começo e cenas pelo meio (que não interessam).
Quando se imagina que um ciclo não acabou, anda-se no limbo, a vaguear por dimensões paralelas que pouco tem a ver com a realidade, preso à linha que se desviou do eixo do ciclo, chama-se a isto negar a realidade.
Quando se assume que o fim de um ciclo antes de ser um fim é um principio (de outro ciclo) é bom sinal, de optimismo e crença no futuro mas o importante é assumir que um deles acabou para poder começar o outro.
Há pessoas (como eu) cujo relógio "espaço-temporal" é mais esbatido e os "timings" de interiorização são mais lentos acabando por atrapalhar o "normal seguimento das coisas" (que é como quem diz resignação) atrasando assim o normal curso do ciclo, atrofiando-o e comprometendo o principio do ciclo seguinte.
Na vida nasce-se e morre-se, durante a vida vamos morrendo e renascendo e é no meio de nascimentos e funerais que vamos passeando até que nos tornamos indiferentes e assimilamos que a vida é mesmo assim: feita de ciclos.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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